terça-feira, 30 de novembro de 2010

Desassoreamento da Lagoa começa em dezembro

  
O desassoreamento da lagoa do Parque Portugal, (Lagoa do Taquaral), na região Leste da cidade, começa neste mês de dezembro em dia ainda a ser definido. O trabalho será coordenado pelo Departamento de Parques e Jardins (DPJ), vinculado à Secretaria Municipal de Serviços Públicos. A ação de limpeza será efetuada em seis meses e não acarretará nenhum custo ao governo municipal.
  De acordo com o técnico do DPJ, Edson Roberto, a programação para a realização dos serviços está dentro do prazo estabelecido, firmado entre a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Conselho Nacional de Defesa Ambiental (CNDA), que foi a entidade responsável pela elaboração e aprovação do programa de trabalho nas diversas câmaras técnicas do comitê do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e também junto à CEF.
  Apesar de todas as licenças terem sido aprovadas, foi preciso aguardar a ordem da CEF para a efetuação de processo licitatório pelo CNDA.
  Com as licenças e o projeto concluídos, o processo licitatório em fase de finalização, e os recursos da ordem de mais de R$ 2 milhões disponibilizados pela CEF, o CNDA e o DPJ receberam comunicado informando que a documentação está em ordem e a verba alocada. O CNDA assinou Protocolo de Intenções com a Prefeitura de Campinas em 11 de novembro de 2009 sob nº 06/10/25.802.
  Em razão da nascente que forma a lagoa integrar a Bacia do Rio Piracicaba, que abastece várias cidades, foi possível viabilizar os recursos por meio do Fehidro–SP.
  Segundo Edson Roberto, o assoreamento da lagoa ocorre com a areia e terra trazidas pelas galerias de águas pluviais. Antes da elaboração do projeto, foi executado um trabalho de batimetria com a finalidade de checar a profundidade em diversos pontos dela.
  A profundidade atual da lagoa é de cinco metros nas partes mais fundas e nas partes mais rasas as camadas de areia extrapolaram a superfície das águas. Com as chuvas são levados para seu interior muita areia e outros detritos que se espalham por diversos pontos, formando várias ilhas, principalmente na parte inicial; enquanto que no canal central concentrou-se uma grande camada de lodo.
  Com o trabalho de desassoreamento, os técnicos pretendem deixar a lagoa com profundidade variando entre dois e seis metros. Com isso, serão eliminados todos os bancos de areia e sujeira.
  Operação inovadora
  O técnico do DPJ explicou que o desassoreamento da lagoa será realizado de forma inovadora, evitando que a areia, o lodo e sujeira retirados fiquem expostos em contato com o meio ambiente e amontoados às margens até serem encaminhados, causando, com isso, mau cheiro e deixando o local com um visual feio.
  Os procedimentos empregados nos trabalhos se darão da seguinte maneira: uma máquina sugará a areia e o lodo e os conduzirá a um grande bolsão feito de manta permeável geotextil que ficará na margem perto da entrada das águas da lagoa. As unidades de geotextil são tubos de tecido sintético de alta resistência para desidratação do lodo e do sedimentos contaminados.
  Para se ter ideia da eficiência do trabalho, com a adição de produto químico apropriado, a água que sairá das unidades, de tão limpa, terá condições de ser devolvida para a lagoa. Mas por determinação da CETESB, ela será conduzida para uma rede coletora da Sanasa e encaminhada à ETE Anhumas”, comentou o técnico.
  Segundo ele, com essa técnica de trabalho, aproximadamente 25 mil m³ de detritos úmidos são transformados em 4 mil m³ secos e sem cheiro e encaminhados em local próprio no Aterro Sanitário Delta A.
  Os trabalhos de desassoreamento da Lagoa terão início com a montagem do canteiro de obras e a instalação dos equipamentos.
Fonte: Doni Vieira (PMC)

4 comentários:

Rafael disse...

Muito bom essa atitude de desassorear a Lagoa, porém depois disso deviam deixar ligado durante o dia a fonte e instalar alguns aeradores na superfície de modo a oxidar a matéria orgânica na Lagoa, pois o cheiro daquela água é forte, além das algas excessivas crescendo devido a isso. Fica a sugestão, que deveria ser acatada pelos responsaveis pela Lagoa.

Marcelo Campos disse...

Rafael, as sugestões dadas no blog são repassadas à administração do parque. Parte do processo de oxigenação da lagoa era feita pela fonte, que não está funcionando no momento, em virtude de problemas elétricos.Um abraço.

Rafael disse...

Apenas uma reportagem recente feita pelo RAC (www.rac.com.br) sobre a Lagoa do Taquaral.

http://www.youtube.com/watch?v=I8WnWp1cma0&feature=player_embedded

Lagoa do Taquaral sofre com abandono

Marcelo Campos disse...

Obrigado, Rafael; vamos aproveitar o vídeo num post que sairá em breve sobre as condições do parque.