História









 Bonde: lazer e história
O passeio de "bondinho", como o público carinhosamente chama os bondes elétricos do parque, é ao mesmo tempo um lazer (a volta pela lagoa, com quase 3 km de extensão, é recheada de vistas magníficas do parque e da lagoa) e um contato com a história: os quatro bondes que foram instalados no parque são remanescentes do sistema de transportes que funcionou na cidade de Campinas entre 1912 e 1968; os trilhos, com suas caracteristicas canaletas, percorriam ruas como a 13 de maio, passando defronte da catedral, e ligavam os principais bairros da cidade; a linha mais extensa ia até o distrito de Joaquim Egidio. Os primeiros bondes foram importados dos Estados Unidos; são o modelo que opera hoje no Parque Portugal, o "cara dura" (modelo aberto com 9 bancos); o mecanismo que liga o bonde à rede eletrificada chama-se "pantógrafo"; o condutor do bonde é chamado de "motorneiro".

O nome da lagoa

Conhecida popularmente como Lagoa do Taquaral desde que o córrego Guanabara foi represado, em 1950, o nome oficial da lagoa é "Isaura Telles Alves de Lima", instituído pela lei no. 1949 de 03/11/1958, votada pela câmara e promulgada pelo então prefeito Ruy Novaes; a idéia era homenagear a esposa de Joaquim Bento Alves de Lima, proprietário da antiga Fazenda Taquaral que doou a área para a formação do Parque Portugal.
Dona Isaura nasceu em Campinas em 20/06/1880, filha do coronel Antonio Carlos da Silva Telles, abolicionista convicto e membro do importante grupo de republicanos que existiu então em Campinas, que incluia figuras como Glicerio, Campos Salles e Bernardino de Campos. Casou-se em 1899 com Joaquim Bento Alves de Lima; o casal tornou-se conhecido na cidade pelo apoio que dava a instituições filantrópicas e de caridade.

A Fazenda Taquaral em plena atividade; década de 60